Encontro Nacional de Associações Juvenis

Decorreu nos passados dias 21 e 22 de Março o 10º Encontro Nacional de Associações Juvenis.

Inserido na Mostra da Juventude no Centro de Congressos de Lisboa, este encontro foi, mais uma vez, um sucesso, permitindo a troca de ideias, problemas e soluções entre os participantes e entidades oficiais.

A Comissão de Jovens de Ramalde marcou presença e deixa desde já os parabéns à organização por esta iniciativa, que tem vindo a aperfeiçoar-se de ano para ano.

Associar.net

O portal das associações juvenis onde podemos encontrar notícias, actividades e informação útil para as nossas associações.

http://www.associar.net/default.aspx

Feliz Natal!!

A todos os Associativistas, os votos de um Feliz Natal e de um ano de 2009 cheio de iniciativas!!

O que é para ti o associativismo?

“Guia Para o Associativismo” (2001:5), “O Associativismo é a expressão organizada da sociedade, apelando à responsabilização e intervenção dos cidadãos em várias esferas da vida social e constituiu um importante meio de exercer a cidadania”.
A importância e o valor do associativismo decorre do facto de constituir uma criação e realização viva e independente; uma expressão da acção social das populações nas mais variadas áreas.

Sugestões

Peço a todos os membros da CJR que deixem aqui as suas sugestões para o aprimorar deste nosso blogue.

Santa Casa quer Prelada à imagem de Serralves

Porto Misericórdia projecta um parque público ligado àcultura para quinta. Barreira da VCI ultrapassada por túnel

A Santa Casa da Misericórdia do Porto está a projectar um parque público para a quinta da Prelada, onde funcionou o parque de campismo durante 45 anos. À imagem de Serralves, será um espaço de lazer com ligação à cultura.

O lema para o novo equipamento já está determinado: Solidariedade com a Natureza. E a Misericórdia propõe-se a devolver à cidade um espaço com herança de Nicolau Nasoni, encerrado há quase dois anos - desde que o parque de campismo fechou no último dia do ano de 2006. A ferida da Via de Cintura Interna (VCI) que dividiu a quinta ao meio não será resolvida, mas o efeito barreira deverá atenuar-se com o aproveitamento do túnel pedonal que faz a ligação entre as duas margens da quinta portuense.
"O maior crime foi construir a VCI naquele local, a atravessar uma quinta classificada. Nessa altura, ninguém se pronunciou. O parque terá a dupla componente cultural e de lazer. Será uma mistura de Parque de Serralves e de Parque da Cidade", explica, ao JN, António Tavares, da Santa Casa da Misericórdia do Porto. Encontrado o conceito, ultima-se o projecto a concluir até ao final de Março do próximo ano, com a calendarização das intervenções e os meios financeiros definidos.
Neste momento, a Misericórdia mantém conversas com várias entidades para avaliar possíveis parcerias no desenvolvimento de actividades na quinta.A Santa Casa gostaria que, além de espaço de passeio, pudesse ser um local para a prática de desportos informais, como a corrida, e com animação cultural. Certo é que os jardins serão preservados e que a Casa da Prelada acolherá o arquivo da Misericórdia, exposições, conferências e um núcleo do museu da Misericórdia (o museu principal ficará instalado na sede da Santa Casa, na Rua das Flores).
"Queremos devolver um pulmão verde à cidade. É um projecto de uma instituição privada e será colocado à utilização dos cidadãos em condições ainda a definir", sublinha António Tavares, apontando para a eventual criação de bilhetes de acesso anual e/ou de assinaturas "numa lógica de amigos da Prelada", tal como sucede em Serralves. O acesso ao parque deverá ser pago.
O futuro parque público ganhará maior dimensão com a integração do terreno municipal com 63 mil metros quadrados, contíguo à Cidade Cooperativa da Prelada, no património da Santa Casa. Tal como noticiou o JN, a Misericórdia já aceitou trocar cinco propriedades - duas ocupadas pelas instalações desportivas dos clubes Académico, em Costa Cabral, e do Estrela e Vigorosa Sport, nas Antas - pelo terreno camarário, avaliado em 4,3 milhões de euros. Será apenas uma troca de parcelas de igual valor, sem implicar a entrega de dinheiro.
A permuta, negociada com a Câmara que pretende libertar os clubes do pagamento de rendas e ajudá-los no acesso a fundos nacionais e comunitários para renovar as instalações, será discutida na próxima reunião do Executivo, agendada para terça-feira.

Fonte: Jornal de Noticias

Sugestão de Leitura

Associativismo e Novos Laços Sociais de Alcides Monteiro.

Qual o papel e função para um movimento de associação civil independente e interventora numa sociedade que, como afirma Jurgen Habermans, se caracteriza pelo incremento dos mecanismos de regulação sistémica e pela “colonização do mundo da vida” por parte do Estado e do Mercado? Será que, numa organização social em que coexistem a crescente afirmação de um individualismo reflexivo e a crise dos laços sociais fundadores da coesão social, se podem consolidar formas de mobilização colectiva regidas por valores como a solidariedade ou a reciprocidade, pugnando pela afirmação da cidadania?

Na procura de respostas, a escolha para objecto de análise recaiu sobre o campo específico das iniciativas voluntárias (associações e outras) directamente empenhadas na promoção do desenvolvimento local.

A partir de uma análise sobre o universo das iniciativas de Desenvolvimento Local (IDLs) em Portugal, procuram conhecer-se as suas características fundamentais, bem como identificar planos (categorias) determinantes na orientação da intervenção associativa e evidenciar a sua agregação em torno de certos perfis dominantes.

O associativismo

Apesar de não estar no auge da sua forma, o associativismo foi, ainda é, e espero que possa continuar a ser uma boa escola.

Escola onde se aprende a crescer, a lidar com os outros, a despertar para o meio que nos rodeia e principalmente a agir.

Agir contra a indiferença e o conformismo.

Nem sempre é fácil destinar o nosso tempo, bem tão precioso nos dias de hoje, a participar numa associação, a organizar actividades, a planear projectos, a gerir pessoas, expectativas e responsabilidades.

Nem sempre é fácil lidar com os problemas, obstáculos e diferenças de opinião.

Nem sempre é fácil combater a inércia.

Não, de facto, não é fácil, é verdadeiramente difícil.

Mas mais do que difícil, é um desafio constante.

E nós que, jovens ou menos jovens, andamos neste meio há alguns anos, sabemos isso melhor que ninguém.

Mas sabemos também o quanto nos preenche, nos ensina, nos motiva e nos satisfaz quanto tudo corre bem. Quando o nosso dever é cumprido.

Por isso, caros colegas associativistas, um bem haja por serem teimosos e continuarem a acreditar nesta forma de vida.

E caros jovens, que se iniciam nestas andanças, sorte, coragem e persistência.

Saibamos todos manter os pés bem assentes no chão, mas com os olhos sempre nas estrelas.

Rasgos históricos

Fundada em 1983 e inscrita no RNAJ (Registo Nacional de Associações Juvenis) desde 1984, esta associação teve, inicialmente, como principais objectivos, promover o estudo e a divulgação dos temas relacionados com a história e o património da freguesia.

Foi protagonista em lutas pela preservação e recuperação do património cultural e arquitectónico da freguesia, sendo disso exemplo a Quinta do Rio que veio a ser classificada como Imóvel de Interesse Público graças à intervenção da associação. Teve também a seu cargo a organização de cursos sobre o património e a realização de estudos aprofundados e visitas orientadas por especialistas.

De entre outras actividades que desenvolveu, salientamos por exemplo a exposição fotográfica "Ramalde Aqui tão Perto" realizada em 1984, após longos meses de trabalho de campo e documental. Esta exposição contou, nas suas quatro mostras, com cerca de 2500 visitantes, sendo uma das maiores iniciativas realizadas na freguesia.

A partir de cerca de 1995, a CJR propõe-se atingir novas metas, que incidam mais sobre a camada jovem. O objectivo é envolver os jovens em diversas actividades que desenvolvam as suas capacidades e espírito crítico. Assim, a CJR passa a ser constituída por uma direcção extremamente jovem, onde se destacou a presidente da direcção, que em 1998, com 16 anos era a mais jovem dirigente associativa do país, fazendo parte de um vasto grupo de associativistas que lutavam pela alteração da legislação que proibia a associação de menores, alteração essa que foi mais tarde conseguida.

Foi editado o livro "Ontem, Hoje...e Amanhã?" de Orlando Castro, uma peça de teatro escrita em colaboração com os jovens do grupo de teatro Novos Gestos, pertencente à associação e presença habitual no encontro de teatro amador da freguesia, o Amasporto.

A cargo da CJR, esteve também, durante vários anos a edição do Jornal de Ramalde, publicação prestigiada na freguesia.

É ainda de destacar a existência de uma BDteca - a primeira a nível nacional, que conta já com mais de mil obras, e que serviu de mote para exposições e concursos como o Comicarte - bem como de um laboratório de fotografia, que tornou possível a promoção de cursos de iniciação à fotografia. A introdução ao jornalismo foi outro dos principais temas de formação.

No âmbito das inciativas da Porto 2001- capital europeia da cultura sublinhamos a participação da associação com dois projectos: inserido no tema Tradições, o Jogo do Burro, e um filme de animação sobre a freguesia.

Do futuro, há ainda muito a saber. Ainda muito a esperar.

Há ainda muito por dizer. Muitos sonhos por sonhar.

Ainda - hoje e sempre - muito mundo a conquistar.