Qual o papel e função para um movimento de associação civil independente e interventora numa sociedade que, como afirma Jurgen Habermans, se caracteriza pelo incremento dos mecanismos de regulação sistémica e pela “colonização do mundo da vida” por parte do Estado e do Mercado? Será que, numa organização social em que coexistem a crescente afirmação de um individualismo reflexivo e a crise dos laços sociais fundadores da coesão social, se podem consolidar formas de mobilização colectiva regidas por valores como a solidariedade ou a reciprocidade, pugnando pela afirmação da cidadania?
Na procura de respostas, a escolha para objecto de análise recaiu sobre o campo específico das iniciativas voluntárias (associações e outras) directamente empenhadas na promoção do desenvolvimento local.
A partir de uma análise sobre o universo das iniciativas de Desenvolvimento Local (IDLs) em Portugal, procuram conhecer-se as suas características fundamentais, bem como identificar planos (categorias) determinantes na orientação da intervenção associativa e evidenciar a sua agregação em torno de certos perfis dominantes.
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